segunda-feira, 28 de maio de 2012

Entrevista ao Allocine legendada



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Entrevista OTR para o Screenslam - completa









Mais entrevistas em Cannes





Scans de Garrett Hedlund para revista portuguesa




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Crítica traduzida do jornal Le Monde

Confira crítica traduzida pelo facebook oficial do filme


Walter Salles está acostumado com filmes de viagem, mas nunca tinha se aventurado tão longe do seu Brasil natal. | RICHARD DUMAS/VU POUR "LE MONDE"


“Na Estrada”, o filme, existe há décadas. Não somente como projetos de adaptação abortados, que ocupam as gavetas de Francis Ford Coppola, Gus Van Sant ou Joel Schumacher, mas no imaginário de centenas de milhares de leitores do livro de Jack Kerouac, publicado em 1956.


As tribulações transcontinentais de Sal Paradise e Dean Moriarty são a matriz de aventuras americanas vividas ou sonhadas por gerações de jovens que, um dia, quiseram partir longe. O princípio é sempre o mesmo: atravessar os Estados Unidos seguindo as fitas de asfalto, na esperança de descobrir o mundo, os outros, si mesmo.

Este sonho gerou um amontoamento de imagens, músicas, palavras, que formou uma camada tão espessa que nem sempre é possível perceber o que existia à base. “Na Estrada”, o filme de Walter Salles apresentado em competição em Cannes no dia em que entra em cartaz, nesta quarta-feira 23 de maio, tira a pátina para desvendar novamente as cores vivas, as emoções agudas, e a descoberta estonteante de uma forma de viver que implodiu – pelo menos, por um tempo – a American way of life.

A empreitada era arriscada. Não é coincidência se já se passou mais de meio século entre a publicação do romance e o início da construção do filme. Para fazê-lo, Walter Salles observou uma disciplina monacal. Precisou saber tudo do livro, que se tornou texto sagrado, do homem que o escreveu, das pessoas que serviram de modelo para os personagens, mobilizar os meios permitindo dar uma realidade material a paisagens desaparecidas. Depois, precisou apagar o conhecimento acumulado, a abundância de meios, para apenas mostrar a vida incerta, violenta e sensual de Sal Paradise e de seus amigos.


“Na Estrada” abre com uma viagem na traseira de uma picape. Andarilhos (hobos, em inglês americano), que acabaram de atravessar os anos da Depressão e da guerra dão lugar a um rapaz que não se parece com eles. Sal Paradise (Sam Riley) é o álter ego de Jack Kerouac, filho de operário originário do Québec nascido em 1922 que, de 1947 a 1950, atravessou várias vezes os Estados Unidos acompanhado de Neal Cassady (Dean Moriarty no romance).


O roteiro de José Rivera segue de relativamente perto o itinerário que o romance fixou para a posteridade. Mas também leva em consideração a realidade das viagens de Kerouac e Cassady. Da mesma maneira, a oscilação entre história e ficção aparece no elenco. Sam Riley, ator britânico (com sotaque americano impecável) não se parece em nada com Kerouac, enquanto Garrett Hedlund, que incarna Moriarty, lembra Neal Cassady.


De qualquer forma, “Na Estrada”, o livro, é também a história de sua própria criação, e a posição do artista - ator e observador, contemplativo, que se vê mergulhado de repente no coração da vida – está perfeitamente ocupada por Riley, com seu olhar sonhador e sua voz rouca.

Os personagens femininos tampouco estão no lugar atribuído por Kerouac. Marylou, a menina que flutua entre Dean e Sal (ela se chamava LuAnne Henderson), não é mais um brinquedo sexual avoado. Havia muito tempo (desde que a viu atuar em “Na Natureza Selvagem”, de Sean Penn, em 2007) que Salles estava decidido a confiar o papel a Kristen Stewart, que ainda não era a Bella de “Crepúsculo”. O diretor acertou, a atriz faz de Marylou/LuAnne uma moça pronta a assumir qualquer risco, sem mostrar a inconsciência de seus parceiros masculinos. Na última ponta do triângulo, Garrett Hedlund exibe um incrível poder de sedução, que faz esquecer todos os ultrajes (ao pudor, à amizade e ao amor) que comete.

Ao longo da estrada, o trio faz encontros efémeros, com que o espectador gostaria de se deter mais tempo: Viggo Mortensen ressuscita William S. Burroughs, poeta heroinômano e assassino, que serviu de modelo para o personagem de Bull Lee, Steve Buscemi faz um caixeiro-viajante homossexual perturbador, o jovem Tom Sturridge representa Carlo Marx, segundo Allen Ginsberg, do tempo em que era tão bonito quanto Kerouac e Cassady...

O elenco impecável, o roteiro de uma inteligência que frustra as armadilhas da adaptação, não são nada sem a mão do diretor. Walter Salles está acostumado com filmes de viagem: “Central do Brasil” (1998), “Diários de Motocicleta” (2003), mas nunca tinha se aventurado tão longe do seu Brasil natal, em estradas que são propriedades particulares dos cineastas americanos.

Com o diretor de fotografia e câmera Eric Gautier, Salles filma este imenso espaço com olhos novos, que eram também os de Kerouac e Cassady. As montanhas e os desertos reencontram sua virgindade de um tempo sem publicidade omnipresente, nem postos de gasolina parecidos com supermercados. Ainda se colhe o algodão com a mão, e o Sul vive sob o regime da segregação, que esses jovens brancos caçoam simplesmente porque gostam de jazz.

A liberdade é sua única regra e, já que alguns são escritores, a recusa das barreiras se tornará o dogma das gerações seguintes. Esta liberdade tem também um preço, que todo mundo paga: as amantes, as famílias, os amigos e finalmente os heróis. Walter Salles reabriu por inteiro a estrada das origens, do encanto solar da descoberta à amargura das separações."

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Elenco em Cannes e opinião de veículos internacionais

Confira fotos dos atores em entrevistas em Cannes e a opinião dos mais importantes veículos internacionais publicado no facebook oficial do filme







Crítica do Le Nouvel Observateur

O facebook oficial do filme traduziu uma critica do Le Nouvel Observateur. Confira!

Por Pascal Mérigeau, Le Nouvel Observateur

"Dois pés, duas pernas caminhando no asfalto, filmados em plongée com pouca luz. Som de passos e da respiração de um homem. Uma voz entra. Fala tanto quanto canta palavras que parecem ter nascido da noite. Um pouco mais de duas horas depois, outra batida, de dedos no teclado de uma máquina de escrever, marca o fim da viagem, o nascimento de um livro. Entre as duas ações, páginas foram viradas?

Uma fita se desenrolou, de suor e asfalto, de poeira e sonhos, um rolo começou a se cobrir de letras, que fará de Jack Kerouac o escritor que sempre quis ser, e outra fita, esta de película, deslizou entre as garras de um projetor: não ignoro que as projeções de hoje são digitais e, se resolvi esquecer isso de propósito é porque o rolo de Walter Salles parece a continuação do rolo de Kerouac.

Continuação e não equivalente, tampouco transposição, porque “Na Estrada”, o filme, leva também em consideração os anos que passaram, as mudanças que ocorreram no mundo e nas mentalidades desde que o livro foi escrito. Da mesma forma, é melhor não esperar do filme algum revival fúnebre: Jack Kerouac, Carolyn e Neal Cassady, Allen Ginsberg e William Burroughs, e todos os outros, fazem de fato parte da história. Têm os nomes e as máscaras que o escritor escolheu para eles, mas os atores que os encarnam existem também, que sejam famosos (Kirsten Dunst, Viggo Mortensen), conhecidos ou já vistos. Existem por eles mesmos e também para seus personagens, e o filme exigiu que vivessem mais do que interpretassem seus papeis.

É assim que, ao longo dos minutos, “Na Estrada” se impõe como um hino à juventude, muito mais que como uma série de retratos em ação dos atores da geração Beat, que aparece também, mas de maneira quase subsidiária. Da mesma maneira, os personagens, e o livro ainda menos, não escolhem o rumo do filme. Apenas a estrada dita sua lei, obrigando o cineasta, seus atores e técnicos a partir mais uma vez, e o espectador a seguir atrás deles que, muitas vezes, gostaria de se deter mais um pouco com Old Bull Lee, que é William S. Burroughs, que é Viggo Mortensen, lá pelas bandas de Algiers, na Louisiana, por exemplo. Mas não é possível se juntar a eles, os outros precisam ficar para trás, mesmo quando isso dói, sobretudo quando dói, para que, da aventura nasça um livro, para que, meio século mais tarde, do livro derive um filme, cujas circunstâncias e dificuldades de filmagem, a vontade de uns e os limites dos outros arrebentaram calibragens supostamente sólidas.

É assim também que a parte de romantismo que existe em cada personagem, geralmente escondida, às vezes negada, sobretudo inconsciente, mas sempre presente, é levada em conta sem nunca contaminar o olhar dado aos personagens, a sua história, e até a sua forma de ingenuidade. É uma das razões pelas quais o filme toca tanto e de forma tão duradoura, que tenhamos tido em algum momento ou não o mesmo sonho que esses jovens, que tenhamos pego a estrada ou pensado em fazê-lo.

"De Rouille et d'Os", o filme de Jacques Audiard, outro grande destque deste Festival de Cannes 2012, abre também com um plano de pés e de pernas caminhando. Penso nas palavras que Arletty disse um século atrás ao ver, em frente à fábrica de um subúrbio de Paris, um operário que, naquela manhã, não teve força para ir trabalhar: “Sou a favor de largar tudo, na vida”.

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matéria do Fantástico sobre OTR

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Press Conference em Cannes completa

Entrevistas do elenco em Cannes





quarta-feira, 23 de maio de 2012

On The Road aplaudido de pé em Cannes

Photocall OTR - Cannes





Elenco adentrando o cinema para a exibição

Video: Elenco no tapete vermelho

Elenco de OTR no tapete vermelho em Cannes












Adicionaremos mais conforme são upadas.

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CRÍTICA POR RODRIGO FONSECA

Cannes: jornada de maturidade e sensualidade

Walter Salles deu à Cannes algo que o festival de cinema mais disputado do mundo ainda não havia experimentado em sua 65ª edição: sensualidade, sensorialidade, ou em bom português, tesão. "Na estrada" ("On the road") é disparado o filme mais maduro de Salles como realizador, preciso em sua composição de planos, exigente na direção de atores e ousado no retrato da juventude.
Com base no romance beat de Jack Kerouac, que o cinema sonhou ver na tela durante anos, o novo longa-metragem do cineasta carioca de 56 anos é uma espécie de súmula da questões buscadas pelo cineasta ao longo de 21 anos de carreira.

Seu tema central, a construção de uma relação amorosa (seja ela fraternal, maternal ou ideológica), no decorrer de uma jornada, encontra na prosa de Kerouak matéria-prima para construir uma radiografia geracional.

De olhos voltados para a América do fim dos anos 40 e do início dos anos 50, Salles narra a construção da amizade entre o aspirante a escritor Sal Paradise (Sam Rilley) e o ex-presidiário chave de cadeia Dean, representado por um Garrett Haedlund devastador.

Embora as opiniões acerca do filme não sejam consensuais, divididas entre paixões e recepções frias, existe um ponto em comum. A Croisette em peso agora acha que Garrett pode dar uma rasteira em Jean-Louis Trintignant (o favorito por "Amour") na briga pelo prêmio de melhor ator. Outra surpresa é Kristen Stewart, a mocinha da série "Crepúsculo".



Descabelada, suada, safada e pelada, ela disparou uma bomba hormonal na sessão do filme esta manhã para a imprensa. Nela, estavam membros do júri, como o diretor americano Alexander Payne e o estilista Jean Paul Gaultier.

Kristen ajuda o filme a quebrar a caretice habitual com que o cinema americano - esta é uma coprodução entre França e EUA - trata o sexo. Francis Ford Coppola, que sonhou durante quase 30 anos levar o livro de Kerouak às telas, deve estar bem feliz.

Embora o favoritismo na briga pela Palma, ficar com o romeno "Beyond the hills" e o austríaco "Amour", "Na estrada" deve sair daqui com troféus na mala. Merece. O bonequinho aplaude Salles de pé.



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Primeiras impressões de OTR em Cannes

Michal Oleszczyk
@michaloleszczyk NA ESTRADA 2/10 Bobo, insípido e descartável. Confunde ser impressionável com ser inspirado e mastiga esse erro por 137 minutos #Cannes

Hollywood Elsewhere ?
@wellshwood ’Na estrada’ de Walter Salles é magistral, rico e vigoroso. Meditativo, sensual e aventureiro e um lamento, tudo ao mesmo tempo





?@wellshwood ’Na estrada’, sim, é episódico e vago - como poderia não ser? – mas como “Diários de motocicleta”, funciona

Diego Lerer
?@dlerer NA ESTRADA é previsivelmente correto, puro e apresentável, como tudo que faz Walter Salles. Não se poderia esperar muito mais… #Cannes

Peter Bradshaw
?@PeterBradshaw1 Na estrada (dir. Walter Salles) é uma celebração com olhos vidrados do narcisismo e da auto-absorção #Cannes2012

Xan Brooks
@XanBrooks ’Na estrada’ passa em Cannes. Um loop estiloso e cansativo de rostos bonitos e romantismo cambraia. Mas, ah, Viggo Mortensen está incrível

Damon Wise
@yo_damo ’Na estrada’ é tão bom quanto poderia ser; encantador para o olhar, mas episódico e prolixo

James Rocchi
@jamesrocchi Ser livre, como usar drogas ou fazer sexo, é mais atraente para fazer do que assistir; os artistas de rua de NA ESTRADA tem boa aparência, com menos sentimento

Jonathan Romney
@JonathanRomney NA ESTRADA: sexo, bebidas, drogas, viagens, roubo de lojas… Como eles encontraram tempo para ler Proust? #cannes2012

David Jenkins
@daveyjenkins NA ESTRADA (Salles) tediosamente literário, conscientemente bonito e raso como uma poça d’água. Esperei pelo fim desde o segundo minuto #cannes

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sábado, 19 de maio de 2012

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Kristen Stewart fala a Elle Francesa sobre OTR



Kristen Stewart: A atriz na estrada para o sucesso

A heroína de Twilight não deixou que as pessoas sugassem seu sangue. Kristen Stewart está Na estrada (On the road) para o sucesso, a nova adaptação para o cinema do obra-prima de Kerouac que será apresentada em Cannes. Nós a conhecemos.

Kristen Stewart mudou muito

Kristen Stewart mudou muito. Desde que apareceu para o enorme público, em 2008, como a insuspeita Bella Swan no primeiro filme da série Twilight Saga. Uma, como a outra, seguiu um longo caminho. A personagem descobriu os prazeres do sexo (nós tivemos que esperar até o quarto filme, imaginamos que isso tenha sido mais rápido para Kristen), ela viveu intensamente seu amor por um vampiro (Stewart não pode mais negar sua relação na vida real com Robert Pattinson, sua cara metade na tela), e passou pela solidão e pela doença. Quanto à atriz, sua transição para a vida adulta foi sob os holofotes. Ela tinha 18 anos durante o primeiro filme. Agora, ela tem 22, ainda parece ser uma adolescente, e manteve em sua voz aquele tom de descrença que vem de uma Hollywood densamente povoada por robôs, e hoje ela tem aquele olhar em seus olhos, de alguém que é determinado, obstinado. Mas nós também vemos algo surpreendente, alguém sexy. Durante nossa sessão de fotos nas montanhas de Topanga Canyon, com vista para as praias de Malibu, a atriz é tranquila e faz uma pose com aquele olhar distante e selvagem, que é sua marca registrada. Uma pausa, enquanto nós esperamos o sol se pôr, e nos acomodamos com alguns cigarros para falar sobre o filme que promete ser uma reviravolta na sua carreira. Ela sabe disso e fala sobre isso com paixão; On the road é o papel de sua – jovem – vida. “Quando Walter Salles me escolheu para interpretar Marylou,” ela relembra, “Eu tinha 16 anos. Era meu livro favorito, o papel que eu não poderia deixar passar.” Criada em Los Angeles por um pai que é produtor de TV e uma mãe que é roteirista, Kristen Stewart “cresceu no set”. “Eu estava sempre perambulando, e eu estava sonhando com um trabalho que me permitisse ser parte do processo. Isso me levou a ser uma atriz, totalmente por acaso. Foi trabalhando com diretores maravilhosos que eu aprendi a gostar disso.” Ela tinha 11 anos quando David Fincher a deixou interpretar a filha de Jodie Foster em Panic Room, ela tinha 17 anos quando Sean Penn a deu um pequeno papel em Into The Wild. Ela era uma atriz por muito anos antes de se tornar uma estrela, e a transição não foi fácil. “As primeiras poucas vezes que eu fui reconhecida na rua, foi uma surpresa completa,” ela disse. “Pode parecer inocente, mas até Twilight eu nunca tinha realmente pensado no “aspecto celebridade” do trabalho. De repente me encontrei encarando esse interesse doentio que se relaciona mais com a “cultura pop” do que com filmes; as pessoas vem te pedir uma foto ou um autógrafo porque elas te viram na capa de uma revista de fofoca, mas ela não tem nenhuma ideia dos filmes que você fez. Isso é preocupante.”

Hoje ela achou a solução


Hoje ela achou a solução: “Aceite a ideia de que todo mundo é um pouco estranho (…) De qualquer forma, quando as coisas não tem afetam, é como se elas nem existissem.” Então é isso para o “jogo da fama”, ignorar deliberadamente. Para papéis, no entanto, é um mecanismo diferente. O oposto, na verdade. Para dar vida aos personagens, Stewart necessita ser completamente levada, ela quer ser sensibilizada, se emocionar. “Para encarnar alguém você precisa sentir as coisas de verdade, você precisa ser outra pessoa… É um process misterioso que leva tempo. Eu sempre fico frustada quando o diretor grita “corta!” antes de eu alcançar aquele momento onde eu sinto dentro de mim que consegui trazer à vida a emoção certa.”

Quando ela fala sobre seu trabalho, seus olhos se iluminam, sua voz se torna mais intensa, ela começa a mexer as mãos e bater em seu peito para imitar a intensidade de uma emoção. Há algo de sexual em sua descrição de atuação, essa busca pelo último momento onde você se deixa levar, o que a deixa completamente drenada se é interrompida antes do paroxismo.

Ela é encantada pela amizade que compartilha com seus companheiros.

Ela é encantada pela amizade que compartilha com seus companheiros de On The Road, Garrett Hedlund (um irresistível Dean Moriarty) e Sam Riley (incompreensível no papel de Sal Paradise, alter ego de Kerouac). O fato de sua relação com seu colega Robert Pattinson ter ido além do limite do trabalho não é mais um mistério. Mas,lucidamente, Kristen se divertiu com o fato que ela compartilha momentos fortes na tela com alguém, sem nada acontecendo fora do set. “Nós vivemos este momento intenso, e quando nos encontramos no dia seguinte é como… “Mas,quem é você afinal?” O equivalente cinematográfico de só uma noite!

Desejo, frustração, inveja… Kristen Stewart tem uma relação carnal com a comédia, é quando nós entendemos o que Walter Salles viu nela antes de qualquer um: uma sensualidade bruta que a faz ser perfeita para interpretar Marylou, a única garota que os meninos toleram ao seu lado em On The Road, uma jovem, mulher de espírito livre, petulante, perdida. Absolutamente em todo o filme, Stewart fica em torno de vários, sem falsa modéstia, revelando em cada tomada, muito mais do que um seio ou um pedaço da bunda. Apesar disso, sua cena mais intensa é uma na qual ela está completamente vestida; ela está dançando por muitos minutos com um enfeitiçado Dean Moriarty, um frenético e furioso momento sexual no qual ambos acabam suados e descabelados.Tórrido, mas nunca lascivo, um desempenho real.

Tornar-se alguém

Tornar-se alguém, viver experiências falsas, mas sentir coisas reais… “Eu não seria capaz de lhe dizer o que me faz atuar e fingir ser alguém o tempo todo,” ela admite, “Querendo contar histórias para as pessoas, mas eu aprendi tanto com os filmes que eu fiz… Isto mudou a minha vida. É um estranho desejo, um impulso estranho.” Nós a conhecemos como justa e apaixonada, e nós ficamos mais do que surpresos de ver a linda rebelde amarrar o nó com a Balenciaga, que a fizeram como sua nova musa. Ela diz que ficou interessada em moda após “anos de aprendizado forçado”: “Eu costumava me vestir pro red carpet por obrigação, antes daquele dia onde eu percebi que seria a minha grande chance.” Então, quando Nicolas Ghesquière a perguntou se ela gostaria se juntar a ele, ela pulou naquela ocasião. “Eu decidi ignorar o lado superficial do mundo da moda. Entretanto, Nicolas é uma das pessoas mais legais que eu conheço. Ouví-lo falar sobre seu trabalho, ser ele, entre pessoas que gostam dele, que gostam de fazer coisas bonitas, é incrivelmente estimulante para mim.” Fazer uma colaboração em cada experiência profissional, é o credo de Kristen Stewart, uma sábia jovem mulher, que está lutando para livrar-se dos profundos mal entendidos que Twilight a colocou.

Depois de On The Road, ela estará atuando em outro filme neste verão, com Snow White and The Huntsman, um filme baseado no conto dos irmãos Grimm, com um grande orçamento e efeitos especiais magistrais. Ela interpreta uma princesa mal humorada. Isto irá convencer até a ultima pessoa descontente, que escolheu vê-la como uma celebridade momentânea, que ela está aqui para ficar e começar a sua transformação antes do lançamento, em Novembro, do capítulo final das aventuras de Edward e Bella, o que a deixará livre para sempre do aperto desde filme de vampiros. A metamorfose apenas começou.

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Perfil do Tom Sturridge na Trois Couleurs Magazine


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novas imagens de OTR



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Scans da M Magazine com Sam Riley, Garrett Hedlund e Kristen Stewart





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Walter Salles fala sobre OTR

Matéria para a revista La Repubblica (Itália)



On The Road está em Cannes, um encontro com Kristen Stewart, a estrela de Crepúsculo já é protagonista de uma nova franquia: Branca de Neve e o Caçador, um lado negro do famoso conto de fadas, que estréia em junho. Entre filmar Bella e Branca de Neve, a atriz de 22 anos, modelo de milhões de garotas ao redor do mundo, tomou um novo desafio com ela mesma com um papel adulto: ela vai estar na competição do Festival de Cannes com On the Road, um filme adaptação do romance de uma geração beat, dirigido por Walter Salles.

“Isso, Marylou é um grande papel, sem fronteiras”, diz Kristen. A jaqueta de couro preta, camisa branca e calça jeans, Kristen fala devagar, muitas vezes ela deixa de se corrigir, como se qualquer conceito era importante e difícil para ela. Marylou é a mulher sexy e desinibida de Dean Moriarty, amigo e mentor de Sal Paradise, alter-ego de Kerouac.

LP – Kristen, On The Road é um filme especial para você?

“Foi um dos primeiros livros adultos que li. O primeiro a me conquistar completamente, quase me tornando obcecada. Ele abriu portas e novos horizontes para mim, ensinou-me a ir e descobrir mais sobre mim mesma. Além disso, eu adoro diários, crônicas, histórias da vida real. Especialmente quando é contada por um ponto de vista externo. OTR não é “apenas um romance”, é um conjunto de realidade e ficção, uma mistura entre o que realmente aconteceu e Jack e seu ponto de vista. Eu gosto da veracidade das personagens, a quantidade de informação sobre eles que chegaram até nós, intactas.”

LP – Que tipo de desafio que foi para você, fazer Marylou?

eu tinha que ir e explorar territórios emocionais onde eu nunca tinha feito antes. Eu tive que empurrar para a frente, encontrar alguma coisa dentro de mim que eu nem sabia que eu tinha. Ela é uma personagem sem limites, uma mulher capaz de tipos únicos de relacionamento. É um personagem que eu realmente admiro, mas ele não pertence a mim. Ao contrário de Marylou, eu sou incapaz de viver as coisas de tal maneira espontânea e extremo, feliz de viver o momento. Eu sou mais parecida com Sam, eu gosto de ver isso acontecer. Ser parte deste filme, eu estava vivendo em meu livro favorito. Eu sempre serei grata ao Walter para isso.

LP – Você está emocionada ou preocupada em ir para Cannes?

Ambos. Mais como feliz, porque Cannes é o lugar mais importante para um filme, e eu estou indo com uma equipe da qual tenho muito orgulho. A única coisa que eu mais gosto no meu trabalho é no sentido de ser uma equipe, a energia criativa que você compartilha quando você está no set. É um sentimento íntimo, até mesmo física. Em seguida, milhões de pessoas vão assistir, e não é mais íntimo e pessoal, mas algo de que a energia permanece. Eu baseio minhas decisões em cima disso.

LP – É o mesmo quando se trata de grandes franquias?

Eu tenho uma base de fãs enorme, é verdade. Mas eu baseio minhas escolhas apenas seguindo meu instinto. Foi assim para Crepúsculo, e para SWATH também.

LP – Você é um modelo para milhões de adolescentes: você se sente a responsabilidade de que?

As pessoas escolhem os seus modelos por si mesmos. Eu sou honesta comigo mesma e eu não tenho vergonha de nada que fiz. Você não deve planejar de dar uma certa imagem de si mesmo para outras pessoas. Você deve viver sua vida, suas experiências, seu trabalho. As pessoas fazem o que querem.

LP – Quando você está no set, o que você costuma fazer?

“Eu leio muito. Eu realmente gosto de Henry Miller. Recentemente eu li “Contempt” de Moravia, então vi um pouco do filme. Eu me vi paranóica, obsessecada pela protagonista, mesmo que não fosse inteiramente minha. E no meu tempo livre, escrevo. Eu não estou interessado em ficção: Eu estou sempre à procura de idéia, frases, ou apenas palavras”

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Capa da trilha de OTR divulgada

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Estréia de On The Road é adiada no Brasil

De acordo com twitter oficial do filme, a estréia do filme agora será em 13 de julho.

Nova cena de OTR

sábado, 12 de maio de 2012

Jornal da Globo fala sobre On the Road

Entrevista de Kristen para a revista Trois Couleurs

Você lembra o que sentiu quando leu ‘On the Road’ pela primeira vez?
Este livro sinceramente engrenou algo em mim quando o li pela primeira vez. Eu tinha 15 anos. Eu amei a conduta, a história…eu fui levada com os caras! Foi bem diferente de qualquer outro livro que eu tenha lido. Foi meu primeiro livro favorito. A primeira coisa que eu destaquei foi a descrição de Marylou sentada em um quarto, como um quadro surrealista, desconectada dos rapazes. Graças a Walter, aprendemos tanto sobre essas pessoas – muito mais do que estava escrito no livro! Nós sabiamos a história verdadeira, nós lemos a versão crua…

Como você reagiu quando Walter te propôs o papel?
Eu tinha apenas 17 anos. Eu estava no meu carro, estava tão animada que continuei a trocar as marchas. Simplesmente não podia acreditar até o dia que estava no set.

LuAnne/Marylou é descrita por Keroauc como uma “ninfeta com cabelos loiros e comprimento médio.” O quão próxima você se sente dessa personagem?
Há muito pouca informação sobre LuAnne comparada à outros membros da Geração Beat. Embora ela parecesse socialmente próxima, ela era muito afastada do mundo lá fora. Sua vida era muito privada. Então foi difícil pra mim encontrá-la. Com sorte, eu tive a chance de falar com sua filha.

O que mais a tocou sobre ela?
Sua incrível habilidade de amar, sua humanidade pura. É uma excepcional qualidade. Eu não esperava isso. Ela é honesta, aberta e compreensiva. Ela é observadora, mas ela não julga ninguém, e ela se mantem completamente inconsciente de julgamentos. Em um tempo com aquele – e até mesmo agora! -, ser capaz de abertamente dormir com um cara que dorme com outros caras e mulheres ao mesmo tempo. E ela ainda se mantem verdadeira aos ideias americanos dos anos cinquenta. Ela viaja ambos os mundos também! Primeiro, eu não entendia isso. LuAnne não estava sendo revolucionária, ela apenas estava sendo ela mesma. Não era como “esses tempos estão me matando,” ela apenas não se encaixava neles. Surpreendentemente, ela tinha sérios problemas de estômago quando era mais jovem, mas ela os ignorava. Ela estava bem com suas próprias inseguranças; foi isso que a fez capaz de fazer a viagem.

Durante a preparação, você teve a chance de ouvir a voz de LuAnne. O que você aprendeu dessas gravações?
Sua voz era linda e isso nos levou a histórias que não conhecíamos. Eu me apaixonei por isso. Ela falava como as pessoas falavam nos anos quarenta, com palavras que não não usamos mais. Ela tem uma voz mais forte do que eu. Eu travo, eu engulo tudo o que eu digo – Ela é muito mais articulada.

Walter te pediu para assistir alguns filmes antes das filmagens?
“Shadows” foi o principal, especialmente para a cena da festa de ano novo. Walter realmente queria que nós sentíssemos um pouco desse espírito. Ele é um diretor muito generosos. Como todos os grandes artistas fazem, ele pode se tornar um maníaco obsessivo, da melhor maneira.

Em uma entrevista, você disse que Marylou era “o estrogênio necessário” entre Sal e Dean. O que você quis dizer com isso?
Ela era a ponte entre esses dois homens muito diferentes. Se ela não estivesse por perto, eles provavelmente não teriam estado tão próximos. Ela gerava harmonia. Ela tinha ambos nela, e ambos precisavam dela. Eles tinham um limite único que não condiz com o que nós estamos acostumados. Todos dizem que em “On the Road” as mulheres eram apenas brinquedos usados pelos garotos. Mas ela era desejada, ela não era a vítima. Quando Neal a conheceu, ele disse: “Eu encontrei minha companheira!” Ele estava verdadeiramente apaixonado por ela –talvez um pouco de mais. Ela era selvagem e barulhenta, ela era divertida, diferente, e sexy. É isso que ele amava sobre ela.

Quão intensa foi a filmagem?
De verdade foi o mais carregado, rico, louco, selvagem tempo que eu já passei em um set. Eu não sentia que estávamos fazendo um filme. Nós tínhamos a chance de passar quatro semanas em um acampamento antes das filmagens. Nos ajudou a conhecer um ao outro, a nos sentir confortáveis. Embora eu não estivesse lá o quanto eu queria, nós estávamos exaustos. Nós não dormíamos – nunca. Eu não sei como nós fizemos algumas dessas cenas – às vezes, se você está realmente dentro de algo, você não consegue dormir e estar muito feliz com isso. Walter queria que nós parássemos de pensar sobre nossa atuação. Que parece espontânea, como ‘On the Road’ deve sempre parecer. Nossa viagem teria valido a pena até mesmo se não fossemos filmar. As conversas que nós tivemos, os problemas que Garrett escreveu…

Fale sobre a cena da festa de ano novo e suas partes de dança impressionante…
Eu saia de cada cena. Eu estava morta. Estava muito quente em Montreal naquela época, e nós tínhamos 60 figurantes na pequena sala que estávamos filmando – Eu era capaz de sacudir meus nervos por todas as outras cenas, mas para essa, eu estava muito nervosa, porque eu não sou uma dançarina. Mas era meu trabalho perder a cabeça. Eu queria muito conseguir chegar ao ponto onde eu não poderia ver. A cada minuto eu pensava que iria cair, alguém me pegou. Ele assustou o diabo fora de mim, mas ao mesmo tempo era a coisa mais divertida que eu já tinha feito.

Kerouac escreveu sua história com o jazz em mente. De algum modo, você se sentiu como um músico no set?
Sim. Eu interpretei uma outra parte que era baseada em uma pessoa de verdade, em The Runaways, e foi difícil para mim colocar em palavras meu personagem. Em On the Road,pelo contrário, nós somos encorajados a improvisar, nós não teríamos feito a coisa certa a menos que nós tropeçássemos em coisas e perdêssemos nós mesmos. Há sempre um pequeno quarto para a liberdade, mas nesse caso, nós tínhamos tudo. Nós não poderíamos fazer errado. No acampamento, nós trabalhamos juntos por quatro semanas, reunindo todas as informações, nos preparando o máximo possível então nós poderíamos esquecer e seguir em frente. Às vezes, você é mais fiel ao livro se você não repetir a exata linha. Toda filmagem era diferente. Nós filmamos muito – coisas de Walter. Ele está sempre em movimento, capturando tudo. O filme pula e há lúpulo, é esporádico, como o livro. E quando parece de se movimentar, é tão aparente, ah meu Deus!

A história de Kerouac é muito liberal em alguns aspectos e bastante conservadora em outros – tem sido criticado por sua misoginia. Nas telas, sua personagem parece mais forte do que no livro…
O filme seria tão diferente se fosse na história real! E as pessoas não estariam satisfeitas. Seria uma vergonha não contar a história toda. Quantas vezes vamos adaptar essa história? Tinha que ser uma mistura entre realidade e fantasia.

O Hudson é quase um personagem por si. Como você se encaixa nele?
É uma compra irregular! Eu sempre acho que meu carro é uma garota. Mas o Hudson não é uma garota! Ah Deus.. numa viagem pela estrada, você forma uma ligação muito particular com o carro que você está [usando]. Curiosamente, na vida real, Neal não viaja muito com seu carro. E o Hudson é tão famoso agora! É engraçado.

Sam Riley e Garrett Hedlund nos disseram que eles ficaram com o coração partido quando você deixou o set. Você se sentiu do mesmo jeito?
Eu não podia acreditar que eles iriam continuar! Agora está bem e eu sei que eu não pertenço ao resto disso, mas eu poderia ter literalmente ficado em hotéis, apenas sentada e assistindo. Eu queria ficar muito mal. LuAnne tinha o mesmo sentimento; ela tinha que terminar mas não queria. Ela poderia ter ficado por perto um pouco mais e se torturado mas ela decidiu que não.

Você interpretou outro filme de estrada, Into The Wild de Sean Penn. Foi uma experiência parecida?
Comparado a todo o trabalho que eu tive, eles pareceram muito. Esses ambientes em que vivemos antes de chegarmos lá e vivido em nós, de verdade. Sean e Walter não tem medo desse sentimento. Em muitos filmes, cada um está tentando conseguir fazer seu trabalho certo. Com Walter e Sean, foi particularmente como se estivéssemos todos fazendo alguma coisa juntos. Em Into The Wild, minha personagem tem raízes, ao contrário de Marylou. Se ela fosse um pouco mais velha, ela poderia tê-lo seguido. Ela poderia ter se tornado uma Marylou mas ela era muito jovem.

O diretor de fotografia, Eric Gautier, trabalhou em Into the Wild e On the Road.
Você pode ir à qualquer lugar com ele, ele vai estar lá por você. Ele tem um poder mágico. Antes que você se movimente, ele já está lá. Isso é notável.

Como Twilight, On The Road é normalmente lido durante a adolescência. O quão diferente são esses livros aos seus olhos?
Você não poderia pensar em duas histórias mais opostas. Provocou dois acordes muito diferentes em mim. Em Twilight, nós tentávamos ser o mais fiel possível ao livro. On the Road, liberdade era bem-vinda: foi tudo sobre ter o coração certo.

Marylou não é um personagem típico de Hollywood. Depois de Twilight, muitos papeis que você escolhe são duronas e arriscadas: The Runaways, Welcome to the Rileys. O que a faz escolher esses tipos de personagens?
As pessoas que tem o perigo perto de suas veias tem mais a dizer. Elas são mais interessantes. Somente é arriscado interpretá-los se você tem medo de perder grande apelo. Muitos atores pensam sobre como eles vão ser vistos: “Isso vai me prender aqui. Isso vai me fazer ser esse tipo de ator!” Eu não. É por isso que eu fiz Twilight também. Eu o amei bastante como à todos os meus outros filmes. Não importa a habilidade que é mostrada. O que me conduz é “isso” – como diria Kerouac. Felizmente, eu e LuAnne temos isso em comum.

On The Road finalmente está pronto. O que você sentiu quando assistiu pela primeira vez?
É difícil colocar em palavras. Me surpreendeu constantemente, é triste e divertido de assistir. Estou tão orgulhosa de todos! Muitos filmes tentam responder todas as suas perguntas. Esse, te leva a questionar mais. Te leva à lugares, mas não te diz aonde ir. Toda vez que você o assiste, você vai por um caminho diferente.

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Press Kit de ‘On the Road’ disponível para download

Esta disponível no site do festival de Cannes o material de divulgação do filme para download.

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